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terça-feira, 5 de março de 2013

Cabezón concede entrevista à rádio Jovem Pan

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Ricardo Cabezón concedeu entrevista à jornalista Izilda Alves, coordenadora da Campanha Jovem Pan pela vida contra as drogas, em matéria veiculada no dia 05/03/12 sobre edital da Prefeitura do Município de São Paulo para o funcionamento do Serviço de Atenção Integral ao Dependente.

Nele há a previsão de se colocar adolescentes e adultos do sexo feminino compartilhando a mesma casa de internação, ao passo que os do sexo masculino não.

Para Cabezón a mistura de várias internas dependentes químicas na mesma casa de internação pode gerar inúmeros problemas. “o primeiro é que nem o próprio interno tem controle sobre si numa crise de abstinência, como é que o Estado quer salvaguardar a proteção daqueles que são entregues aos seus cuidados misturando pessoas de compleições físicas e idades diferentes?” Tal situação, segundo o referido especialista conflita com o ECA pois a legislação prevê cuidados e procedimentos especiais as crianças e adolescentes devendo pois ser alvo de um tratamento diferenciado.

Veja a matéria na íntegra:

Cem demissões e 72 leitos vazios, retrato da crise no SAID, melhor hospital público para tratar dependentes graves na Capital

Publicado em 5 de março de 2013 por Izilda Alves

Famílias, juristas e médicos dizem que a Prefeitura está fechando o melhor    hospital público para tratar usuários de drogas graves na Capital paulista.   Eles criticam o edital publicado ontem no site do Município em busca de   nova parceria  para o SAID – Serviço de Atenção Integral ao Dependente.   O SAID fica no Jardim Vila Nova Heliópolis, zona sul de São Paulo, e há    três anos é mantido pela parceria da Prefeitura com o Hospital Samaritano.   O SAID tem 80 vagas para dependentes internados por determinação   da família ou por ordem judicial, e se tornou referência no País.  A parceria termina no dia 31 de março, mas desde janeiro não são aceitas mais internações. E a crise já é visível na instituição: apenas oito pacientes estão internados e cem profissionais foram demitidos.Uma equipe elogiada até na Câmara Federal pelo método que alcança a    média de até 40% de recuperação contra a média nacional de até 10%.

O SAID é hospital fundamental para o programa que o Governo do Estado    vem adotando na luta contra a epidemia causada por drogas em São Paulo. O edital da Prefeitura buscando novas parcerias é criticado por     especialistas em três pontos vitais para o funcionamento  do SAID. Houve drástica redução do número de psiquiatras, psicólogos e enfermeiros,   bem como corte no número  de leitos para adultos e adolescentes femininas. Outro ponto contestado do edital:” pacientes do sexo feminino, de diferentes  idades, poderão compartilhar a mesma unidade de internação”. Essa medida contraria o Estatuto da Criança e do Adolescente,   define o especialista em direito da infância e juventude, Ricardo Cabezon:

- É uma afronta.às prerrogativas, às garantias infanto-juvenis. Ela pode.ficar na abstinência da droga, pode se tornar violenta. A própria iniciativa privada , obedecendo os próprios ditames do ECA-Estatuto da Criança e do Adolescente-, não mistura a idade, por ser risco muito grande. Esta possibilidade tem que ser revista no edital porque dá margem a uma interpretação de que pessoas de diferentes compleições físicas  e diferentes idades poderão estar ocupando o mesmo espaço sob a responsabilidade do estado, que, na verdade ,somos todos nós. E pagaremos ali por um edital que não está contemplando os direitos do jovens.

A Jovem Pan ouviu psiquiatra que durante três anos integrou a equipe    do SAID que  se tornou referência na classe médica de todo o País.Jamilson Jefferson de Castro teme   por uma queda na qualidade do trabalho de recuperação do paciente grave, com a redução do tempo de internação de até 60 dias para 10 a 20 dias:

- O que muda com esse tempo reduzido de internação é o propósito do tratamento.Com esse tempo dá para fazer uma desinstoxicão, mas não dá para fazer trabalho maior para enfrentar a dependência . Eu acho que a ideia é que o dependente faça todo esse preparo nos  CAPS. Na maioria das vezes,esses pacientes mais graves não conseguem apenas com o CAPS precisam de  trabalho mais intensivo. Eu acredito que, embora possa ser feita alguma coisa  nesse tipo de trabalho, acho que a qualidade do trabalho vai cair.

Desde sua criação, o Said  mantinha 22 psiquiatras mas o edital    reduz para 14;psicólogos eram 6 e, agora o edital, reduz para 2. No edital, supera 50% o corte no número de técnicos de enfermagem, que devem    ficar o tempo todo ao lado do doente: redução de 98 para 42 profissionais.

A preocupação das famílias atingidas pela epidemia causada por    drogas em São  Paulo  está em carta enviada ontem pelo “Amor Exigente”. Miguel Tortorelli, coordena a regional norte do “Amor Exigente” e assina a carta ao Secretário da Saúde, em nome de cem mil vítimas das drogas no País:

- É triste.a gente ouvir que esse serviço, o SAID, está sendo desmontado, que a prefeitura não quer continuar da forma  que está, é. muito triste. O Said..representa hoje uma garantia de um bom serviço prestado ao dependente químico, uma esperança que as famílias têm do seu ente querido se recuperar . E  sem essa qualidade no serviço nós, realmente, teremos muitos problemas.

A Jovem Pan procurou o Secretário de Saúde, José de Filippi Júnior até o   final da noite desta segunda-feira sem obter qualquer resposta da Prefeitura.

http://blogs.jovempan.uol.com.br/campanha/cem-demissoes-e-72-leitos-vazios-no-said-retrato-da-crise-no-melhor-hospital-publico-para-tratar-dependentes-graves-na-capital/

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